Ainda sobre o mal do Arquivo….

Publicado no JC e-mail 4183, de 21 de Janeiro de 2011. Sexta-Feira, 21 de janeiro de 2011

O Arquivo (vivo?) da Nação, artigo de José Maria Jardim

“É um retrocesso político, gerencial e científico a transferência do Arquivo Nacional para o Ministério da Justiça. Essa inadequação, vale lembrar, seria a mesma em qualquer outro ministério”

José Maria Jardim é professor da Escola de Arquivologia da Unirio. Artigo enviado pelo autor ao “JC e-mail”:

No Brasil, a idéia de arquivo é associada, com muita frequência, a de arquivo morto. A expressão “virou arquivo” designa as pessoas que, por alguma razão, foram silenciadas por seus assassinos. “Arquivo” e “morte” são termos associados por grande parte da sociedade brasileira, especialmente aquela que mais sofre com a falta de informações relevantes para o exercício dos seus direitos. “Arquivos” têm sido “mortos” sistematicamente ao longo da história do Brasil, especialmente no e pelo Estado brasileiro. O reencontro com a democracia nos anos 1980, trouxe um sopro de vitalidade inédita para nossos arquivos públicos, órgãos tradicionalmente “mortos” na estrutura da nossa administração pública. Afinal, sem arquivos plenos de vitalidade, dinâmicos e facilmente acessíveis pela sociedade, como o Estado pode ser transparente? E sem transparência do Estado, qual democracia almejamos construir e ampliar? Os arquivos públicos são territórios do Estado a serviço da sociedade, da democratização da informação governamental e do exercício do direito do cidadão à informação e à memória. Seu papel como infraestrutura para a transparência da administração pública é imprescindível para que a sociedade controle a atuação do Estado e do governo. Os arquivos públicos não são apenas um depósito de documentos. São instituições com múltiplas facetas: cultural, científica, administrativa, etc. É agência de transparência do Estado e território de construção da memória coletiva e, ao mesmo tempo, infraestrutura para a produção de conhecimento científico. Os arquivos públicos dos governos mais avançados em termos de transparência e interação social são infraestruturas governamentais de informação para o Estado e a sociedade. Trata-se de órgãos supraministeriais com múltiplas funções de apoio à gestão pública e à produção de conhecimento científico e tecnológico. São territórios da memória coletiva, cultura e cidadania. Não por acaso, o primeiro Arquivo Nacional criado foi o da França, em 1790, logo após a Revolução Francesa. A ideia de organização e, sobretudo, de publicidade dos documentos do governo por um tipo de instituição até então inexistente tem suas bases na construção do novo regime. Esse é um marco da história dos arquivos e da Arquivologia. O arquivo público é neste momento instrumento da administração do Estado. Ao longo do século XIX, a formação dos Estados Nacionais traz em seu bojo a construção de identidades nacionais para as quais é imprescindível uma “memória nacional”. Os arquivos públicos passam também à condição de depositários e construtores dessa memória nacional. São, nesse momento, território da História. A criação do Arquivo Público do Império brasileiro estava prevista na Constituição de 1824, mas a fundação só ocorreu em 1838, aliás o mesmo ano de criação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB). Como chama atenção a historiadora Célia Costa, autora da tese de doutorado intitulada “Memória e administração: o Arquivo Público do Império e a consolidação do Estado brasileiro”, o acesso aos documentos no Arquivo Público do Império era garantido estritamente ao governo ou usuários que fossem indicados pelo imperador. Ao contrário dos arquivos nacionais europeus, a historiadora nos lembra que o Arquivo Público do Império caracterizou-se muito mais como espaço do segredo do Estado, perspectiva procedente do período colonial, do que como um órgão envolvido nos processos de construção da história nacional. O nome “Arquivo Nacional” só foi adotado em 1911. Ao longo da República, o Arquivo Nacional, como os demais arquivos públicos do país, sobreviveram na periferia do Estado. Eram voltados quase exclusivamente para a guarda e acesso de documentos considerados, sem parâmetros científicos, como de “valor histórico”, ignorando-se a produção documental que resultava de um Estado com funções cada vez mais amplas. Neste cenário, os documentos eram acumulados ou eliminados – quase sempre sem critérios científicos – nos serviços arquivísticos do Estado. Tal ocorreu – e ainda ocorre em vários setores do Estado brasileiro – em função da inexistência de políticas públicas arquivísticas. A ruptura da visão de arquivo público como apenas um depósito de documentos e a adoção de um novo modelo de gestão envolvendo todo o ciclo documental, desde a produção até a eliminação ou guarda permanente, só ocorrerá, em diversos países, após a década de 50 do século passado. No Brasil, a Lei 8.159 de 8 de janeiro de 1991 garante o marco legal para essa concepção, incluindo também os arquivos estaduais e municipais. Além de suas atribuições em relação aos documentos federais, o Arquivo Nacional deve ainda implementar a política nacional de arquivos, a ser definida pelo Conselho Nacional de Arquivos (Conarq). Esse Conselho, subordinado ao Arquivo Nacional, é o órgão central do Sistema Nacional de Arquivos. O Arquivo Nacional teve grande protagonismo nesse processo, a partir dos anos 80 e 90, influenciando arquivos estaduais e municipais. No entanto, de modo geral, nossos arquivos públicos permanecem periféricos no Estado e pouco visíveis à sociedade. Ainda se caracterizam mais como reserva de opacidade do que de transparência. Não se altera uma cultura de opacidade do Estado em apenas três décadas. A maior parte dos nossos arquivos públicos segue socialmente pouco visível. Na Europa e Estados Unidos, a abertura crescente dos arquivos a um uso social mais amplo ganha terreno após a II Guerra Mundial. Procura-se cada vez mais superar a ideia dos arquivos como espaços acessíveis apenas a eruditos e cientistas. Por outro lado, as crescentes demandas sociais pelo direito à informação colocam os arquivos no epicentro das políticas públicas de transparência. A democratização do acesso aos arquivos tende a ser cada vez maior e diversificada, mesmo nas sociedades cujo regime democrático já se encontra mais consolidado. As demandas sociais pelos arquivos se ampliam e mudam com o uso crescente das tecnologias da informação e comunicação. Novas fronteiras vêm sendo conquistadas pelos arquivos, ampliando-se a sua interatividade com a sociedade mediante programas de difusão via web, incluindo, mais recentemente, o uso cada vez maior das redes sociais. Essa perspectiva tem orientado os caminhos do Arquivo Nacional do Brasil desde a década de 80. Talvez poucas instituições públicas brasileiras tenham passado por um processo de modernização tão intenso e em tão pouco tempo, influenciando ações semelhantes nos planos estadual e municipal. Esse “dever de casa” encontrava limites no fato do Arquivo Nacional ser subordinado, há décadas, ao Ministério da Justiça. Ao ser vinculado à Casa Civil da Presidência da República, em 2000, o Arquivo Nacional adquiriu melhores condições – especialmente políticas e orçamentárias – para avançar num novo modelo de gestão das informações governamentais. Beneficiou-se diretamente desse novo cenário o Conselho Nacional de Arquivos, subordinado ao Arquivo Nacional, responsável pela política nacional de arquivos. Neste sentido, é um retrocesso político, gerencial e científico a transferência do Arquivo Nacional para o Ministério da Justiça. Essa inadequação, vale lembrar, seria a mesma em qualquer outro ministério, dada a abrangência de atuação da instituição em todo Executivo Federal. Esse novo destino institucional provavelmente comprometerá frontalmente a dimensão nacional do Conselho Nacional de Arquivos. Setores diversos da sociedade brasileira, representantes do mundo acadêmico e de associações profissionais, vêm expressando seu descontentamento face a essa decisão. Ainda que fosse mantido na Presidência da República, seriam muitos os desafios a serem enfrentados pelo principal arquivo público do país para atuar plenamente na gestão das informações governa
mentais e torná-las acessíveis à sociedade brasileira. A política nacional de arquivos ainda está por se definir. O Sistema Nacional de Arquivos não foi operacionalizado. O Arquivo Nacional encontra-se distante do que pode e deve vir a ser, embora tenha acumulado suficiente vitalidade para deixar de ser um “arquivo histórico” do século XIX e projetar-se como um centro de informações governamentais do século XXI. Ao ser excluído da Presidência da República e inserido no Ministério da Justiça, o Arquivo Nacional protagonizará, uma vez mais, o velho e ainda insuperado drama brasileiro de periferização dos arquivos do Estado e sua inevitável invisibilidade social. O Arquivo Nacional provavelmente não morrerá porque, de alguma forma, aprendeu a sobreviver perifericamente ao longo da sua história, mas certamente será um órgão aquém de suas transformações recentes, de suas atribuições legais e da democracia que buscamos.

Um exemplo de "documentação escolar".

O trabalho de faculdade de Tomas Nilsson, é um exemplo de como um incontável número de trabalhos “escolares” são criados, nem sempre guardados e, pior, não compartilhados.  O de Tomas, conta a história de chapeuzinho vermelho. A frase mais que gasta sobre nossa época e o ” acúmulo de conhecimento” não seria possível, se dependermos dos conhecimentos contidos nos trabalhos escolares. Está claro que há, sim uma enorme preservação da documentação escolar: trabalhos são premiados, o youtube tem aproximadamente 4510 vídeos descritos com esses termos, mas isso não é nem de longe o possível. O Brasil está inserido na comunidade científica, onde os trabalhos “escolares” mais complexos, como monografias, dissertações e teses, são, em sua maioria, documentados, preservados e indexados em base de dados.

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O mal do arquivo: Derrida e a Cultura Digital Brasileira.

“A democratização pode sempre ser medida por esse critério essencial: a participação e o acesso ao arquivo, sua constituição e interpretação”
Jaques Derrida, o Mal do Arquivo.

O paradoxo de Boyle

O Brasil é um paradoxo. Por uma série de motivos e razões, teve sua história permeada por fatos que constituíram sua população como uma das mais receptivas do planeta. Ao mesmo tempo, essa história é contada por distâncias, afastamentos, silenciamentos, violência e ignorância. O papel do Estado, ainda não tão bem compreendido quanto o papel do Governo, tem grande responsabilidade nessa contradição. Estamos aprendendo o que é governo, mas penso que há ainda um longo caminho para compreendermos o que é Estado. Ao longo de tempos diferentes, o Estado,bem como os Governos brasileiros têm sistematicamente ignorado grande parte de imensos problemas que nos constituem como país. A reforma agrária, o monopólio das comunicações, o analfabetismo ou o trabalho escravizado são alguns. Outros, como os direitos do povo indígenas, ou quilombolas, o acesso à educação fundamental, estão sendo tratados.

São muitos os problemas, e muitas as soluções, e isso, o número de soluções, é em si, um novo problema , quando não se articulam os esforços para solucioná-los. Ocorre que uma discussão muito importante para nossa identidade, é o papel de suas instituições. As instituições podem ser de diversos tipo, governamentais, não governamentais, particulares ou públicas, com ou sem fins lucrativos. Em todas essas possibilidades, estamos falando de pessoas coletivamente organizadas.

Desde Novembro de 2009, o Fórum da Cultura Digital Brasileira, deu iniciativa a 226 formas de possibilidades. Algumas mais concretas que outras, mas todas possíveis.  Estamos num momento onde a pletora de ações dissolve o rumo das coisas. Assim, um paradoxo, outro, se coloca: a quantidade de frentes que a cultura digital abre tem se tornado tão ampla quanto a agenda abaixo:

  1. Digitalização de Acervos
  2. Laboratórios de criação artística e tecnológica
  3. Direitos Autorias
  4. Plano Nacional de Banda Larga
  5. Televisão Digital
  6. Mídia Livre
  7. Culturas Tradicionais
  8. Liberdade Religiosa
  9. Liberdade de Gênero
  10. Educação Livre
  11. Software Livre

Para fins de comodidade, mas não de importância, o item Digitalização de Acervos, assunto primário desse blog, vem como primeiro. Ocorre que só deste, foram elencados 12 itens, no início do ano, como desejáveis, e que de fato, tiveram, ainda que não muito visíveis ou publicizados, seus desdobramentos. Certamente não foram incluídas nessa lista aspectos fundamentais. Acima estão as que são mais visíveis, desta perspectiva que aqui escreve.

O Filósofo Jacques Derrida, disse uma vez que o acesso ao acúmulo de informação social, seus arquivos, são um índice do quanto essa sociedade compartilha seus valores, os materiais e os morais. A lista acima é um exemplo de uma sociedade nascente na América Latina movendo-se rumo a seu devir. Isso, o devir, é agora o que nos faz móveis, e o movimento é não linear. Essa possibilidade, que o digital tem, permite que os arquivos que estão sendo pensados, as televisões, as produções, enfim, a cultura, seja, ou lute para ser, um pouco mais livre. É complexo, muito complexo, talvez seja o tal efeito das redes…muito descentralizado, mas com pouca direção… O que, talvez não seja nem bom nem mal, se soubermos lidar com o outro nome do complexo: a diferença.

O que antes parecia impossível, lidar com a diferença de milhões ao mesmo tempo, argumento utilizado por muitos, hoje em dia não se sustenta. Um exemplo disso é o projeto Metavid, cujos autores, além de fornecerem inspiração para este post (com a frase de abertura) deram um exemplo concreto do que pode ser feito com XML, vontade política e participação coletiva. O Metavid funciona como uma espécie de observatório dos representantes do povo dos Estados Unidos, na medida que disponibiliza as transcrições das sessões realizadas e gravadas pelo canal CSPAN, uma televisão privada, mas que tem uma missão pública. Algo que ainda estamos aprendendo como equacionar à nossa maneira, por aqui.

Seriam muitos, muitos os exemplos de pequenas coisas que não têm tanta visibilidade, mas que estão em curso. Pelo contrário, há, de vez em quando, grandes anúncios, que tenham menor impacto sobre as pessoas. O tempo dirá.

Fight for your pattern

Fight for your pattern, ou,  literalmente:”lute por seu padrão”, foi a frase dita por amigo, em alusão ao filme “faça a coisa certa” do Spike Lee , cuja trilha sonora, feita pelo Public Enemy diz: “fight for your right“. O “right” substituído, ai no caso do meu amigo, é o direito de escolher, nesse mundo de informação, o padrão de que mais lhe convém: o de vestimenta, de leitura, de diversão , de trabalho…isto é, sua identidade.

De um certo ponto de vista, qualquer luta implica em anulação, vencimento daquilo contra o qual se combate…para isso é preciso agressão….Disse a ele então, que o Mestre Pastinha tem uma frase interessante que contrasta com esta visão de mundo historicamente formada. Ele dizia:”você não faz com raiva, o que eu faço brincando”. Hoje em dia, como muitas coisas são rápidas e rasas, efêmeras, as pessoas esquecem que a duração desse tempo, assim como sua memória, são partes de uma categoria bem maior que presente ou passado: a história.  Assim, nem tudo na vida dura apenas seis meses, nem tudo tem um refil… e o caso é que, em termos culturais, quando se fala de identidade, os estereótipos são um problema. Estéreo, em grego, quer dizer “sólido”, ou seja, estereotipar é solidificar a identidade de algo, de alguém, ignorando o fluxo temporal contínuo da história humana.

No caso dos personagens do filme de Spike Lee, junto com a notável “solidez” do som, as identidades ali também aparecem estereotipadas, pois o diretor queria enfocar que a informação, os produtos “culturais” de um “grupo”, podem ser tanto fonte de libertação quanto de opressão. Podemos ser prisioneiros de nossas próprias identidades, se não aceitamos as dos outros como válidas também.

No início dos anos noventa, os “buscadores”de páginas web, todos eles, tinham um link dizendo, “insira aqui seu resultado”, ou coisa semelhante. Agora, que o futuro já chegou e temos que reinventá-lo para seguir em frente, a situação da produção de informações se multiplica para muitos caminhos divergentes. Os resultados passaram a ser relevantes pelo número de buscas, ou padrões de recorrência, para tornarem algo legitimado, ou identificá-lo como tal.

Como sinais da convergência dos meios, tanto as grandes empresas de busca, quantos as pequenas, nos laboratórios das universidades estão desenvolvendo mecanismos de busca “preditiva”, ou antecipatória. Isto ocorre porque tanto no caso de bilhões de buscas diárias, ou de vocabulários controlados, há a emergência de padrões. O que significa que, se tudo der certo, haverá uma dependência maior desses mecanismos, além de uma redução na capacidade de busca autônoma, ou pensamento analítico. Não basta ter tecnologia de excelência, tem que haver excelência no pensamento que busca. E isso, só se consegue sendo crítico: comparando, avaliando e decidindo, em termos sempre provisórios, o que se compreende por “resultado”. Um acervo valioso só vira informação útil quando responde á pergunta certa.

O filme de Spike Lee, “Faça a coisa certa”, conta a história de como o contato entre as culturas que formam o povo estadunidense, ou qualquer povo, pode atrapalhar, ou a ser uma solução de existência, de acordo com os modelos de organização. De nada adianta a ciência ter já demonstrado cabalmente que o que se concebe como “ocidente”, e mesmo “Europa” “África”ou “Ásia”, nada mais são do que um somatório de histórias, descrições de lugares e tempos distantes. Vá até um cantão isolado na Suiça perguntar o que o habitante de lá acha da União Européia. Em seguida, pergunte a um membro de uma localidade no Congo, onde não há cidades, por exemplo, o que ele pensa da colonização européia e as respostas serão parecidas: sabemo o que é, mas estas “entidades” não nos afetaram irremediavelmente, como aconteceu em outros lugares dentro desses países.

Os padrões de vida, os hábitos tantos os impostos quanto os adquiridos voluntariamente, como a leitura, por exemplo, são técnicas humanas de existência. Comumente chamadas de cultura, esses padrões já foram descritos como “Comunidades Imaginárias”, “Estados”, “Civilizações”, “Sociedades”, “Mercados”…enfim, construções  de sistemas de informação distribuídos coletivamente. Modelos de organização da informação baseados em necessidades específicas no tempo-espaço humanos, deram origem à diversas estruturas, processos e, por final, desigualdades, erros, elementos desestruturantes que tais sistemas apresentam historicamente.

A complexidade das informações, ou a intensificação dos registros materiais (os documentos) dos conhecimentos sociais, tem sempre como consequência, os interesses de regular a criação, distribuição e preservação desses conhecimentos, permitindo ou não que estes formem padrões: de hábito, de moral, de estética..de identidade. Se por um lado, a produção da informação é algo político, por outro, a política tem em si um componente informativo, o de contar com  a possibilidade de definir o que seja informação, conhecimento ou valor. Dessa forma, o Fórum da Cultura Digital, teve em 2009, consultas públicas para que se definisse um padrão de condutas socialmente aceitável na internet, essa sociedade global sem território nacional.

A discussão está postada, mas não desenvolvida.

Responsabilidade Social da Ciência da Informação

Começa hoje o X ENANCIB – Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação – Programação.

fonte: JC email

GRUPOS DE TRABALHO

GT 1 – Estudos Históricos e Epistemológicos da Informação Coordenadora: Prof. Dra. Lena Vânia Ribeiro Pinheiro (IBICT)
GT 2 – Organização e Representação do Conhecimento Coordenadora: Profa. Dra. Lídia Alvarenga (UFMG)
GT 3: Mediação, Circulação e Apropriação da Informação Coordenador: Prof. Dr. Edmir Perrotti (USP)
GT 4: Gestão da Informação e do Conhecimento nas Organizações Coordenadora: Prof. Dra. Marta Lígia Pomim Valentim (UNESP)
GT 5: Política e Economia da Informação Coordenadora: Profa. Dra. Sarita Albagli (IBICT)
GT 6: Informação, Educação e Trabalho Coordenadora: Profa. Dra. Helena Maria Tarchi Crivellari (UFMG)
GT 7: Produção e Comunicação da Informação em CT&I Coordenadora: Profa. Dra. Sônia Elisa Caregnato (UFRGS)
GT 8: Informação e Tecnologia Coordenadora: Profa. Dra. Silvana Vidotti (UNESP)
GT 9: Museu, Patrimônio e Informação Coordenadora: Prof. Dra. Diana Farjala Correia Lima (UNIRIO)

A programação está na página do evento.

33 razões por que as bibliotecas e bibliotecários ainda se mantêm extremamente importantes

Uma discussão bem importante, e por vezes, exaltada, no campo de CI. Achei por bem colocar do jeito que ela está no blog ExtraLibris

Muitos acreditam que a era digital irá acabar com as estantes públicas e extinguir permanentemente a era centenária das bibliotecas. A desconcertante proeza e progresso da tecnologia fez até um bibliotecário prever a queda da instituição.

Ele pode estar certo.

Porém, se estiver, então a perda será irreparável. Conforme a relevância das bibliotecas entra em questão, elas encaram uma crise existencial em uma época onde elas talvez sejam mais necessárias. Apesar de sua percebida obsolescência em uma era digital, tanto bibliotecas – quanto bibliotecários – são insubstituíveis por várias razões. 33, de fato.

Eles listam as 33, e depois concluem:

Conclusão

A sociedade não está pronta para abandonar a biblioteca, e provavelmente nunca estará. Bibliotecas podem adaptar-se as mudanças sociais e tecnológicas, mas elas não são substituíveis. Enquanto que as bibliotecas são distintas da internet, os bibliotecários são os melhores profissionais para guiar acadêmicos e cidadãos para um melhor entendimento de como encontrar informação de valor online. Certamente, existe muita informação online. Mas ainda existe muita informação em papel. Ao invés de taxar as bibliotecas como obsoletas, os governos estaduais e federais deveriam aumentar os recursos para garantir melhores funcionários e tecnologias. Ao invés de galopar cegamente através da era digital, guiado apenas pelos interesses corporativos da economia da web, a sociedade deveria adotar uma cultura de guias e sinalizações. Hoje, mais do que nunca, as bibliotecas e os bibliotecários são extremamente importantes para a preservação e melhoria da nossa cultura.

Artigo original: Are Librarians Totally Obsolete?
Disponível em: degreetutor.com

Tendências da Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação

As publicações do IBCT e um apanhado atual dos que os cientistas da informação vêm discutindo…
EDITORIAL
Joana Coeli Ribeiro Garcia e Maria das Graças Targino
I PARTE
ANCIB: MOMENTO DE RESGATE
Olhar sobre os 20 anos da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Ciência da Informação (ANCIB)/ An overview of the past twenty years of the Brazilian Scentific Society for Information Science (ANCIB)
Aldo de Albuquerque Barreto
30 anos da Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade Federal da Paraíba/ Thirty years of the Post graduation in Information Science of the Federal University of Paraíba (UFPB)
Terezinha Elisabeth da Silva
II PARTE
ANCIB: MOMENTO DOS GRUPOS DE TRABALHO
Grupo de Trabalho 1 – Estudos Históricos e Epistemológicos da Informação
Grupos de pesquisa em Ciência da Informação no Brasil/ The groups of research in Brazil: the Information Science
Marlene de Oliveira

Grupo de Trabalho 2 – Organização e Representação do Conhecimento
Tendências da pesquisa em organização do conhecimento/ Trends of research in knowledge organization
Hagar Espanha Gomes

Grupo de Trabalho 3 – Mediação, Circulação e Uso da Informação
Mediação da informação e múltiplas linguagens/ Information mediation and multiple languages
Oswaldo Francisco de Almeida Júnior
Grupo de Trabalho 4 – Gestão da Informação e do Conhecimento nas Organizações
A informação nossa de cada dia na decisão organizacional/ Every day information in organizational decision
Nádina Aparecida Moreno
Grupo de Trabalho 5 – Política e Economia da Informação
A reinvenção contemporânea da informação: entre o material e o imaterial/ The contemporary reinvention of information: between materiality and immateriality
Maria Nélida González de Gómez
Grupo de Trabalho 6 – Informação, Educação e Trabalho
Reflexões sobre o Grupo de Trabalho (GT-6) do Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação (ENANCIB) – Informação, Educação e Trabalho: um olhar a partir da sociologia da profissões e da sociologia do trabalho/ Reflections on a study group: a perspective based on the sociology of professions and the sociology of work
Helena Maria Tarchi Crivellari e Miriam Vieira da Cunha
Grupo de Trabalho 7 – Produção e Comunicação da Informação em CT&I
Bibliometria, cientometria, infometria: conceitos e aplicações/ Bibliometrics, scientometrics, informetrics: concepts and applications
Raimundo Nonato Macedo dos Santos e Nair Yumiko Kobashi

Grupo de Trabalho 8 – Informação e Tecnologia
Uma arquitetura genérica para sistemas de biblioteca digital como pretexto para criação de uma agenda de pesquisa/ A generic architecture for digital library systems as a pretext for creating a research agenda
Luís Fernando Sayão
O acesso aos textos está aqui. . O link foi achado nesse blog aqui.